Uma parceria firmada entre a Prefeitura de Belém, Ministério Público do Pará (MPPA) e Fábrica Esperança garante, até final desta sexta-feira, 1º de março, a segunda etapa da ação do MP+ Cidadania, com o objetivo de contribuir com a inserção do povo indígena da etnia Warao ao mercado de trabalho. O atendimento, iniciado nesta quinta-feira, 29, ocorre na Casa Escola da Pesca da Fundação Escola Bosque (Funbosque).
A ação na ilha de Caratateua, conhecida popularmente como Outeiro, iniciou na semana passada com a perspectiva de garantir, sobretudo, direitos e proteção à comunidade indígena. Na primeira etapa, os indígenas Warao tiveram puderam dar entrada a documentos pessoais, como registro de nascimento, e receberam atendimento à saúde.
A Promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio à Cidadania do MPPA, Ângela Balieiro, explica que nesta fase da ação, além do povo Warao, os moradores da ilha de Caratateua também foram atendidos. “Hoje (sexta-feira,1), esta segunda etapa realizamos curso de capacitação, porque o povo Warao não fala a nossa língua e vem de uma cultura diferente, inserido numa sociedade urbana. Eles precisam conhecer, através desses cursos, possibilidades de subsistência”.
Segundo a coordenadora de cursos da Fábrica Esperança, Nazaré Araújo, a ação “é uma oportunidade de disseminar conhecimento, respeitando a cultura dos Warao, uma forma de oferecer a eles meios para se apropriarem de alguma atividade lucrativa. Os cursos aqui ofertados são rápidos e podem gerar resultados positivos imediatos e diretos”.
A Funbosque está envolvida na parceria desde a primeira etapa da ação, ocorrida na quinta-feira, 21. “A parceria com o Ministério Público é muito importante, porque os indígenas Warao importam para a Fundação, considerando que valorizamos ações educacionais socialmente referenciadas”, comenta a diretora-geral da Funbosque, Aline Rodrigues.
Os cursos ofertados são: Designer de Sobrancelhas, Escova Expressa e Barbearia e encerram com entrega de certificados. Para a instrutora de Designer de Sobrancelha, Aline Raiol, “ministrar o curso para o povo Warao é uma experiência única, uma experiência que leva para a vida profissional e também enquanto pessoa”.
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