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Ecomuseu da Amazônia

Em 2005, através da professora Laís Fontoura Aderne professora da Universidade de Brasília (UnB), à época consultora da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), foi dado o primeiro passo para a criação do Ecomuseu da Amazônia. Idealizado por Laís Aderne e o projeto escrito pela professora Maria Terezinha Resende Martins, membro da equipe de Laís, por reconhecimento e mérito é considerada como uma das fundadoras do “Ecomuseu da Amazônia”. 

Embasados em reflexões e conceitos metodológicos debatidos no campo da nova museologia e da museologia social, considerando ainda, reflexões apresentadas nas declarações da Mesa Redonda de Santiago do Chile (1972), Quebec (1984) e Caracas (1992), como também nas experiências internacionais de museus comunitários e de outros ecomuseus mundo a fora, delineou-se as diretrizes que conduziram os trabalhos do seminário de implantação que elaboraria a carta de criação do Ecomuseu da Amazônia.

A atuação do Ecomuseu da Amazônia no território insular de Belém está pautada em quatro eixos temáticos, sendo eles, cultura, cidadania, meio ambiente e turismo. A partir deles todas as ações são organizadas e implementadas no território. No atual planejamento do Ecomuseu da Amazônia, no eixo da cultura destacam-se os roteiros patrimoniais desenvolvidos junto à comunidade nas ilhas de Caratateua e Cotijuba, Oficinas culturais de cerâmica e oficinas de cultura popular, como dança, música e artesanato entre outros. 

O ecomuseu em seus 16 anos de fundação vem atuando de forma contínua nas ilhas de Caratateua, Cotijuba, Jutuba e Paquetá, tendo como propósito expandir cada vez mais a área de sua atuação.

Funciona nos turnos manhã, tarde e noite, atendendo alunos dos níveis de ensino Fundamental, Médio e EJA, objetivando possibilitar hábitos e atitudes à formação cidadã com ênfase na Educação Ambiental. Têm como princípio os eixos temáticos homem, natureza, sociedade, trabalho e cultura, que sustentam a ação construtiva e a participação dos sujeitos, alunos monitores voluntários, professores e funcionários. Além de ser um espaço de estágio supervisionado para alunos do curso técnico da Fundação e de outras instituições. Por meio de formações como oficinas, palestras, vivências práticas, aulas-passeio e o intercâmbio com órgãos governamentais e não governamentais, o projeto visa à efetivação do compromisso de promover novos hábitos e atitudes no que diz respeito ao meio ambiente e as práticas sustentáveis.

A práxis educativa desenvolvida pela equipe que atua no projeto AMA, parte do princípio da inclusão com sucesso de todos os alunos que estejam ou não inseridos de forma voluntária. Todos podem ser atendidos para desenvolver quaisquer das disciplinas da base comum, como também das diversificadas, haja vista, o plano disciplinar organizado pelo professor regente. E mesmo que não seja apresentado pelo professor, o projeto possui seu plano pedagógico para atender os alunos.

O atendimento é feito, a partir das especificidades de cada turma e do plano de aula apresentado pelo professor. E a metodologia se aplica conforme a atividade proposta. Com os alunos voluntários são feitas atividades diárias fundamentadas, que vão desde o manejo com plantas, sementes, compostagem, manutenção dos viveiros, visitas monitoradas, aulas-passeio, pesquisas científicas supervisionadas, como também reciclagem de papel, reutilização de caixas tetrapak, garrafas pet, papelão, madeira, etc. O trabalho de atendimento às turmas segue o mesmo princípio desde que contemple as atividades docentes que estão sendo realizadas em sala. Em ambos os casos o ver, o julgar e o agir são necessários para provocar os sujeitos, uma nova postura diante do ato educativo.

O projeto prioriza, incentiva, pratica e divulga a utilização e a reutilização de materiais alternativos, sucatas e materiais descartados de outros setores. E tem a preocupação com os insumos que são deixados sem qualquer preocupação e sem destino certo, após atividades realizadas.

Quanto à adoção curricular da base diversificada no que tange à: Inclusão, Educação Ambiental, Educação Ribeirinha, Educação Étnico-Racial avalia-se como uma grande lacuna de atuação pedagógica nos projetos em geral:

Aqui não há e nem na grade curricular e nem na ação dos sujeitos, algo que configure e diversificação, salvo o trabalho a duras penas que vem sendo feito por alguns membros da educação especial. Quiçá, alguma disciplina pincele de maneira trivial alguns desses temas, sem que afete diretamente a mudança de atitude dos alunos e a práxis docente. Os projetos acontecem com extensão de forma isolada e em algumas vezes houve um ensaio interdisciplinar, entre o projeto AMA, com um professor do curso técnico, com uma disciplina do CIII e com quatro professoras das series iniciais.

Da relação teoria e prática, aponta-se como principal preocupação da equipe é manter essa coerência, pois a aprendizagem com sucesso é o maior objetivo.

Só no primeiro semestre de 2023, mais 5000 mudas produzidas, e mais 3500 mudas doadas.

Com objetivo de reestabelecer o estoque de mudas doadas durante a semana do meio ambiente de 2023, e aumentar a diversidade de material genético das espécies da nossa flora, durante os meses de junho, julho e agosto as atividades não pararam no “Viveiro Educador” do projeto Agentes e Monitores Ambientais (AMA).

Além das diversas plantas já em desenvolvimento no viveiro, espécies como Chuva de Ouro, Cacau, Cupuaçu, Ucuuba, Jatobá, Urucum, Ingá Cipó, Bacaba, Ananin e Copaíba, além de outras, foram semeadas, garantindo que haja estoque de mudas para as atividades da Escola Bosque (plantio e doação) ao longo do restante do ano.