Como parte da programação do mês de aniversário, a Fundação Escola Bosque (Funbosque) recebe novas cores, dentro de uma identidade que busca dialogar com sua história. O trabalho está sendo desenvolvido pelo artista plástico Luiz Cláudio Martins Negrão, que é servidor público efetivo da prefeitura de Belém, exercendo a função de arte educador social de rua.
A pintura do interior da Escola Bosque oferece uma nova cena para o ambiente, na perspectiva da relação com sua essência, com temáticas relacionadas ao contexto amazônico.
O artista nos explica que o painel é executado em técnica mista, utilizando tintas acrílicas com uso de pincel e latas de spray, uma mistura de muralismo tradicional e grafite de rua. Segundo ele, a ideia é dar cores e simbologia a um espaço de paredes frias, além de usar imagens que remetam à fauna e à flora da escola, como tartarugas, peixes, borboletas.
A primeira ilustração em painel foi feita na sala “Chico Mendes”, espaço que faz homenagem a um dos grandes lutadores da Amazônia. Ainda não existia nenhuma referência sobre ele no prédio. O local, agora, passa a ter em seu interior ilustrações que remetem à coleta do látex em seus bancos e paredes, imagem de Chico Mendes e outras simbologias.
Luiz Cláudio ressalta a importância da pintura. Além da revitalização dos espaços, que passam a ter cores e formas que estabelecem uma identidade ambiental da escola, também cria-se uma galeria pública com painéis gigantes. O artista espera, que em outro momento, pós-pandemia, novos painéis possam ser construídos com a participação dos alunos e alunas.
A perspectiva é de que todos os espaços da Escola Bosque recebam esta nova imagem nas salas e muros, com cores, artes temáticas, com a proposta pedagógica de educação ambiental da Escola Bosque e sua intervenção na sociedade.
Texto:
Rita Ribeiro