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Prefeitura de Belém marca presença no encerramento da 2ª COP das Baixadas

A Prefeitura Municipal de Belém e o Fórum Municipal de Mudanças Climáticas marcaram presença no encerramento da Segunda Conferência das Baixadas, na tarde deste domingo, 17, no distrito de Outeiro.

Neste ano, a COP das Baixadas teve como objetivo aprofundar a discussão ambiental nos territórios periféricos da capital paraense. O evento ocorreu em três dias: 15 e 16 de março, no formato online, por meio do canal do YouTube “COP das Baixadas”, e neste domingo, 17, de maneira presencial, na Fundação Escola Bosque (Funbosque ), em Outeiro, distrito de Belém.

Periferias amazônicas no foco

Neste segundo ano, a Conferência trouxe como tema: “As periferias amazônicas no centro  do debate climático”. O objetivo foi aprofundar a discussão ambiental nesses territórios. 

Os eixos temáticos da programação giraram  em torno do Acordo de Escazú, o primordial pacto ambiental da América Latina e do Caribe, que aborda aspectos como: direito à informação e acesso; defesa do meio ambiente e seus defensores; e democracia e participação popular. 

Fórum – Durante este domingo, último dia da Conferência, houve exposições e várias manifestações artísticas, entre elas uma oficina de compostagem de lixo orgânico.  À tarde, aconteceu o Fórum de Desconferência, com a presença do Prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, da secretária-executiva do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas, Marinor Brito, da Secretária de Administração, Jurandir Novaes,  do coordenador do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas de Belém, Sérgio Brazão, de  Laurimar Farias, diretor-presidente da Funbosque, Adriano Mendes, secretário de Direitos Humanos, e Elza Rodrigues, da Coordenadoria Antirracista (Coant).

No aquecimento para a COP-30

As temáticas discutidas durante o evento, relacionadas ao Acordo de Escazú –  tratado ambiental da América Latina e do Caribe, que busca promover os direitos de acesso à informação, à participação e à justiça em questões ambientais -, foram importantes para capacitar as comunidades periféricas de Belém. Principalmente depois de Belém ter sido escolhida como cidade sede da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que irá acontecer em novembro de 2025.

São essas comunidades periféricas que enfrentam desafios ambientais como poluição, desmatamento e falta de acesso a recursos naturais. A discussão sobre o Acordo de Escazú deu voz à essas comunidades que desenvolvem diferentes iniciativas relacionadas ao tema.

“A parceria com o Fórum de Mudanças Climáticas é fundamental para que façamos uma agenda de construção de políticas públicas a partir dos territórios de periferia. Com uma gestão que se mostra aberta a possibilidades de diálogo, pra gente é uma virada de chave fundamental para pensar nos próximos passos em relação à COP-30“, destacou Carlos Gouvea, coordenador executivo da COP das Baixadas.

Juventude protagonista

Uma das participantes da mesa de debates foi a neta de Chico Mendes, seringueiro e ambientalista, símbolo da luta pela preservação da Amazônia, assassinado por fazendeiros, opositores às suas lutas.  “Pouco antes de ser assassinado, o meu avô escreveu uma carta para os jovens do futuro, na qual ele antecipava esta revolução que a juventude estaria fazendo.  Então, a COP traz isto: esta juventude protagonizando essa discussão e a periferia no centro dos debates”, pontuou Angélica Mendes.

A Secretária-Executiva do Fórum Municipal de Mudanças Climáticas, Marinor Brito, destacou a importância da COP das Baixadas na preparação para a COP-30. “Esta é uma iniciativa da sociedade civil que, assim como nós, compreende que a emergência climática que estamos vivendo no mundo traz consequências tanto sociais quanto ambientais para a vida das pessoas. Sobretudo para as da periferia.  Para nós, do Fórum, é fundamental participar porque aqui é como se fosse uma fonte de pesquisa das verdades, das realidades, das dificuldades que eles passam, e dos desejos de superação”, disse Marinor.

“O resultado desta COP das Baixadas não é um documento burocrático. São as vozes que servem como instrumento de luta e resistência. Coube a mim, como prefeito, ouvir as contribuições e críticas, e ajudar na superação de problemas que cabem à Prefeitura. Assim como também ajudar a debater sobre problemas que não são competência da Prefeitura, mas a autoridade municipal pode contribuir para fortalecer essa luta”, destacou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Texto:

Syanne Neno

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