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Musicalização e Cultura Popular

O presente projeto tem como propósito desenvolvimento práticas musicais percussivas coletivas entendidas como movimento artístico e de educação musical na Casa Escola da Pesca, buscando saberes, expressões musicais e estratégias de ensino e aprendizagem de grupos e sujeitos envolvidos com a música percussiva na Ilha de Caratateua. Busca-se também favorecer os processos de construção dessas práticas em um ambiente escolar a partir dos conceitos de experiência significativa de Jorge Larrosa (2001) e autobiografia/biografia de Mikhail Bakhtin (2010).

A música é a arte de combinar som e silêncio, é um misto de arte, ciência e técnica, só se completa, ao entrar em cena os sujeitos, ou seja, só podemos afirmar que um conjunto de sons se transformou em música quando alguém, se propôs a fazê-la, a executá-la e a ouvi-la, já que “a música é uma experiência humana. Não deriva das propriedades físicas do som como tais, mas sim da relação do homem com o som” (PENNA apud ARONOFF, 1990, p. 13). Os educadores enfatizam a inclusão das linguagens artísticas na escola, desde a Educação Infantil, como uma das formas de minimizar as desigualdades de acesso aos símbolos, contudo ao conhecimento, pois, ao mesmo tempo que é espaço de reprodução, é de transformação, “…se a escola reproduz a estrutura de classes, mantendo e legitimando o acesso diferenciado à cultura, à arte e à música, ela também é lugar de conflito, passível de ser transformada (ou mesmo conquistada)” (PENNA, 1990, p. 31). Defendemos a importância da arte na Educação Básica, num projeto de democratização no acesso à cultura. A arte numa perspectiva de uma educação integral do homem, em que a escola contribuiria com a constituição destes sujeitos em suas formas estéticas, apreciativas, culturais etc.